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Segunda-feira, 23 de Abril de 2007

Será o nosso desejo completamente incontrolável?

Esta pergunta tem uma história, algo que eu vi e que me fez surgir esta dúvida....

Como é costume, depois de um jantar de aniversário há sempre uma saída para qualquer lado. Neste sábado à noite, depois do jantar de aniversário da minha amiga Carina, o pessoal foi todo para a Costa da Caparica para um bar de karaoke. Como erámos cerca de 15 pessoas ficámos todos sentados numa mesa enorme, que por acaso ficava no mesmo sítio onde já tinhamos ficado nos meus anos, perto do palco e, também, da casa de banho.

Fomos bebendo, rindo, conversando, tirando fotos, ouvindo e cantando as músicas que passavam, enquanto que também iam passando pessoas que iam à casa de banho. Nada de especial até ai, já que essas pessoas não nos incomodavam em nada.

Até que...a dado momento, lá da outra ponta do bar vêm uma rapariga baixinha de mão dada a um rapaz, quase que a puxá-lo até à casa de banho. Como eles tinham que passar à frente da minha mesa, reparei neles e reparei no sorriso que cada um deles tinha. Um sorriso meio cúmplice de quem iam fazer algo....Se ao ver que um casal ia em direcção à casa de banho me chamou à atenção, quando vi o sorriso deles pensei logo que certamente ia haver coisa escaldante...e acertei! Como eu reparei neles, também a maior parte das pessoas que estavam na minha mesa repararam. A nossa atenção deixou de ser a música que estava a passar, mas sim o espelho da casa de banho!! Sim...porque a porta da casa de banho era envidraçada, o que nos permitia ver lá para dentro, e tinha espelho, o que nos deixava ver certos cantos...

Eu ao principio ainda tentei não olhar e virar a cara para o lado, mas como os meus amigos desse lado estavam todos a olhar e a comentar eu também olhei....Primeiro eles começaram por se beijar mesmo no meio do hall da casa de banho. Era engraçado, porque como ela era baixinha tinha quase que o escalar, o que era fofo...Depois ela encostou-o à parede e continuou a beijá-lo...(isto tudo com nós a ver os pormenores todos e a comentarmos, princippalmente os rapazes "ah grande", "dá-lhe!"). Como me estava a sentir uma voyeur ia desviando a cara, mas mesmo assim ainda consegui ver, através do espelho, ela a virar-se de rabo para ele e dançar bem encostadinha a ele, só para não dizer roçar...

Quando eu já estava a pensar que as coisas estavam a começar a aquecer e a qualquer momento poderia ver mais qualquer, eis que aparece um homem para ir à casa de banho. O chamado empata-f***s, no verdadeiro sentido da palavra! Como me estava a rir como uma perdida, não vi a cara deles ao ver o outro a abrir a porta, só sei que enquanto o rapaz foi para um cubiculo, eles foram para outro...Risada total na mesa ao pensarmos no que já estava a acontecer ali ao lado, mas nisto, nem 2 minutos depois, eles saem do cubículo e saem fora do bar. Presumo que o cubículo não fosse confortável e que foram à procura de algo melhor: o banco do carro ou a areia da praia! Com isto tudo, eu não percebi se eles não repararam quen tinham espectadores ou se a vontade era tanta que não se importaram em quem tivesse a ver...

Ora bem...a minha pergunta é: será o nosso desejo completamente incotrolável?

A opinião que eu tenho é que os nossos desejos podem ser controlados, basta nos sabermos e querermos os controlar ou pelo menos esperar pelo momento indicado. No caso deles, eu não acho nada por aí além o que eles fizeram. Não acho nada de mal eles sentirem vontade de se beijar e entrar em joguinhos sensuais, a questão é que eles podiam ter escolhido outro lugar para fazer isso...Será que eles não se conseguiam controlar até ao carro ou a praia, um lugar escuro e sem olhos, que é ali ao lado? É que ao atravessarem o bar todo de mãos dadas até à casa de banho todas as pessoas perceberam que ele não ia lá só para saber as cusquices sobre as amigas delas. Se muita gente pessou que ia acontecer algo mais, houve outras pessoas (nós) que viram o que aconteceu....Não vimos nada porno, mas também não era necessário assistirmos àquilo.

É normal que ao beijarmos alguém do sexo oposto (ou não...), alguém por quem sentimos uma atracção física, um carinho especial ou um enorme amor, que tenhamos desejo de avançar algo mais...para uma troca de caricias ou, talvez, algo mais. Mas esse avançar já é algo mais intimo que um simples troca de beijos, algo que apenas pertence às duas pessoas que estão envolvidas e não é um filme a que outras pessoas podem assistir. Nesse momento há que olhar à volta e ver o que se pode fazer. Ver se não há mais ninguém ao pé ou então, se há pessoas, ir para um lugar mais desocupado e longe de olhares indiscretos ou acalmar e deixar para outra altura. Como deixar para outra altura é algo mais dificil, o mais certo é sair e escolher um sitio bem deserto para se fazer o que quiser, mas sem assistência incomodativa.

Acho que há certos momentos, em que apesar de estarmos tão envolvidos que não queremos parar, há que conseguir ser consciente e por um travão na hora certa, por muito bom que esteja o clima, o jogo de sedução...Isto pode ser aplicado a situações como: beijar ou não beijar alguém que sabemos que tem outro alguém ou que sabemos que não vai ser o melhor para nós; ir ou não para a cama sabendo que não há protecção...entre outras coisas! Há que decidir sobre o que é melhor para nós...

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publicado por Marisa às 13:34
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