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Sexta-feira, 4 de Maio de 2007

Amor colorido

Perto da paragem de autocarro em Belém estava um casal: ela era branca e ele era preto. (digo preto e não negro pela mesma razão que digo branca e não clara e ñ considero uma expressão depreciativa).

Fiquei um pouco indecisa. Não consegui perceber se eles estavam naquela fase de se declarar um ao outro ou se estavam a ter um pequeno arrufo de namorados. Aposto mais nesta última.

Eu passei, reparei no dito casal e fui-me encostar perto da paragem à espera do autocarro para ir para o estágio. Quando olhei para o lado vi que estava uma mulher, já de alguma idade, praticamente de boca aberta, a olhar para eles e outra dentro da paragem também a olhar, mas pelo canto do olho. Achei engraçado as mulheres estarem a olhar sem disfarçarem um pouco.

Será ainda normal nos dias de hoje este tipo de preconceito por um casal com 2 cores?

Diz-se que o amor não escolher cor, sexo, idade ou religião. Fácil é falar, dificil é aceitar e compreender. Hoje em dia ainda há muito esse tipo de preconceito em aceitar namoros entre duas pessoas de cores diferentes. Do que me apercebo, esse peconceito não é tanto do lado dos escurinhos, mas sim do lado dos clarinhos. Conscientemente não, mas penso que inconscientemente ainda há aquela ideia do pais colonizador e pais colonizados, dos senhores e dos escravos, dos que mandam e dos que são subjugados. Ainda custa às pessoas aceitarem as diferenças de cor da pele e certas caracteristicas naturais, como o cheiro e o cabelo diferentes.

Ultimamente nota-se que esse preconceito começa-se a esbater, principalmente do lado das mulheres portuguesas, pois já se vê muitas brancas com pretos, enquanto que o oposto é mais raro. Os homens apreciam-nas, mas andar com elas já não acontece. Os olhares indiscretos perante estes casais bicolores é que não descolam. Todos reparam, o pior são aqueles olhares perseguidores e inquiridores cheios de preconceito.

Eu não tenho qualquer tipo de preconceito. Claro que quando vejo um casal bicolor se calhar reparo mais neles, do que se fossem da mesma cor, mas não os culpo ou chamo nomes mentalmente por isso. Em tempos até já servi de cupida entre um casal colorido. Fui eu, de certa forma, que juntei um amigo meu branco da escola com uma amiga minha preta que morava perto de mim. Eles começaram a gostar um do outro e namoraram durante algum tempo. Foi bonito!

Quanto a mim, a apaixonar-me por um rapaz escurinho. Não sei. Habitualmente não me costumam atrair muito, mas já vi uns bens giros e conheço outros também interessantes. Como amigos não tenho razão de queixas. São um espectaculo como pessoas, sempre divertidos e muito simpáticos. Na faculdade fiz um grande amigo de Cabo Verde, o meu companheiro de muitas viagens de 29 :)

(imagem retirada de http://sweet.ua.pt/~helder/fotografia/gatos.htm)

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publicado por Marisa às 11:23
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